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Comer demais é, em muitos casos, uma fuga de algo que o está incomodando. Isso pode ser o resultado de ansiedade e outros problemas psicológicos. Para falar e elaborar sobre o assunto, confira o que disseram a psicóloga Aline Cristina (CRP/SP 06/110084) e a acupunturista biomédica Camila Nischel (CRBM-PR 0425):
O que é gula?
Segundo Alina, “Trata-se de um transtorno alimentar caracterizado pela ingestão repetida de grandes quantidades de alimentos com sensação de perda de controle tanto sobre a quantidade quanto sobre o que é ingerido. Esse consumo ocorre mesmo sem a presença da fome. Entre as causas, a coerção pode estar relacionada à ansiedade, problemas emocionais (frustração, culpa, baixa autoestima etc.) ou problemas hormonais.
Camila acrescentou que “o ato de comer geralmente nos traz conforto, memórias afetivas e deve ser feito com plena consciência para que o cérebro capte o momento de saciedade e todo o corpo possa trabalhar adequadamente na digestão. Quando comemos sem mastigar corretamente, de forma rápida e com foco em outras coisas, há um desequilíbrio nesse sistema, e então surgem sintomas de má digestão associados a um transtorno alimentar.
Sintomas de comer demais
Aline e Camila comentaram sobre os principais sintomas da compulsão alimentar:
- comendo muito rápido
- Continue comendo mesmo que não esteja com fome.
- Usar a comida para compensar algo que aconteceu (estresse, decepção, tristeza);
- Falta de controle sobre o que você come ou quanto você come
- Comer escondido de outras pessoas (principalmente para evitar comentários);
- Induzir o vômito depois de comer;
- ganho de peso;
- Distúrbios metabólicos e cardiovasculares;
- Obesidade;
- Use laxantes sem consultar o seu médico.
Continue lendo para saber mais sobre como tratar o excesso de comida.
Tratamento
A psicóloga explicou que “o tratamento deve abranger acompanhamento médico, psicológico, dietético e, em alguns casos, psiquiátrico”. Acrescentou, explicando o que cada profissional faria: “O nutricionista vai garantir que o paciente tenha equilíbrio nutricional e melhor compreensão de sua alimentação. Se necessário, o psiquiatra pode prescrever um medicamento indicado de acordo com as indicações do paciente, por exemplo, para controlar sua ansiedade.
Tanto ela quanto Camila concordam que o paciente não deve se limitar apenas ao tratamento medicamentoso. “É preciso trabalhar a psicologia para que a pessoa se conscientize e determine o que causou a coação, bem como os problemas emocionais associados a ela. Na terapia, o paciente poderá encontrar estratégias de controle que ajudarão a lidar com a compulsão e a ansiedade associada a ela”, explicou Alin.
Camila enfatizou que o tratamento “depende do nível de coação em que o paciente se encontra e só pode ser um acompanhamento psicológico ao uso de ansiolíticos e antidepressivos”. Ela também sugeriu a acupuntura como coadjuvante do tratamento: “acupuntura, uma terapia natural que pode ser feita ao mesmo tempo que os demais tratamentos citados e que vai atuar principalmente na causa da compulsão, aliviando os sintomas”.
O acupunturista biomédico citou alguns dos benefícios da acupuntura como tratamento complementar para a superalimentação, como: “não para deixar o paciente com fome, mas para equilibrar suas emoções e o bom funcionamento dos órgãos para que o alimento seja plenamente aproveitado e o resto é reparador (já que as causas dão origem à insônia e este é um dos períodos em que há maior ingestão de alimentos) e depois qualidade de vida. Assim, o paciente recebe um apoio interdisciplinar muito importante para evitar recaídas.”
Como você pode ver, comer demais pode ter diferentes causas e requer atenção, pois uma pessoa come mais alimentos do que o corpo precisa. Se você se identificar com os sintomas, não deixe de procurar ajuda profissional. Agora confira também o artigo sobre ansiedade.
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As informações contidas nesta página são apenas para fins informativos. Não substituem o aconselhamento e supervisão de médicos, nutricionistas, psicólogos, atletas e outros especialistas.
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